OS PERIGOS DO “ACHATAMENTO”

Em meio às ondas de demissão, um cargo em especial está sendo eliminado de muitas empresas: a Média Gerência.

Na Meta, muitos supervisores estão sendo rebaixados para analistas. Na Shopify, também está havendo um achatamento da estrutura, com menos gerentes. E no Twitter de Elon Musk, os gerentes foram convocados a realizar atividades mais operacionais além da gestão de time.

Essa tendência, entretanto, não é nova. Um estudo com 300 grandes empresas descobriu que o número de cargos da gerência média diminuiu mais de 25% de 1986 a 1998.

Enquanto isso, o volume de pessoas que se reportam diretamente ao CEO quase dobrou.

Pesquisadores apontam que, embora as empresas acreditem que menos camadas de hierarquia possam trazer mais eficiência, não é bem assim. Isso porque são os gerentes os responsáveis por desenvolver e auxiliar os profissionais no dia a dia — contribuindo para o resultado da empresa.

Uma pesquisa da Gallup, por exemplo, mostrou que os supervisores diretos foram responsáveis por 76% do engajamento da equipe, enquanto os executivos responderam por apenas 11%.

Em meio à crise, empresas precisam fazer cortes de maneira inteligente e levar em consideração os impactos a longo prazo de uma decisão. As demissões devem ser feitas de modo que o alívio na folha de pagamento de hoje não leve a uma nova crise amanhã. 

* Este artigo foi adaptado do texto escrito por Aki Ito e publicado no site Business Insider. 

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 


Vania Rebelato é formada em Relaçòes Públicas e Jornalismo, Consultora na Geotrain Treinamento e Desenvolvimento e Diretora de Conteúdo da AGERH.

 Platinum

 Diamante

 Ouro